Essa mania que eu tenho de querer fazer tudo sempre rápido normalmente torna meu dia bastante produtivo. Faço 3 ou 4 coisas ao mesmo tempo, e me considero bastante eficaz no que faço.
Só que de vez em quando dá errado...
No mês passado (só agora superei a vergonha e me dispus a escrever) fui nesse supermercado que tem na frente da Universidade, acho que era domingo perto do meio dia.
Você pega cartãozinho na máquina para entrar e mostra para o visor eletrônico para sair. Não tem contato com ser humano. É máquina na entrada e máquina na saída. Inclusive na saída tem um leitor de código de barras e eles já colocaram um lixeiro ao lado, com um cartaz tipo "jogue seu ticket aqui" para você não ficar enchendo o lixeirinho do carro.
Então, na saída apresentei o ticket para o leitor do código de barras, a máquina fez "plim" acusando que eu tava liberado, eu depositei o ticket no lixeiro e arranquei.
Mas o "plim" não era o meu. Decerto era o "plim" do cara do outro lado, que estava entrando. A minha cancela continuava fechada. E eu sem ticket, que tinha jogado na lixeira.
Dei uma rezinha rápida (o carro de trás não tinha andado tanto assim), botei a mão no lixeiro, já rezando pro pessoal usar somente para jogar fora ticket e pesquei de volta meu ticket.
Passei na máquina, e ao invés do "plim", o que escutei foi um barulho horrível, tipo um "péééé", e no visor apareceu uma mensagem: "ticket já utilizado". Moral da história: aquele não era o meu ticket, peguei o ticket errado no lixeiro.
Bota a mão de novo no lixeiro, cata outro ticket, passa na máquina, outro "péééé", novamente a mensagem de ticket já utilizado, e por aí foi.
E a fila atrás se formando.
E no banco do meu lado já tinha uma pilha de tickets. Claro que eu não ia colocar de volta na lixeira. Eu tinha que reduzir as alternativas, não piorar as coisas.
Nesse meio tempo, eu já tinha apertado o botão de "socorro" da máquina. Que é óbvio que não tem esse nome, é alguma coisa tipo "informações", mas na hora para mim era Socorro mesmo. E a moça tava falando: "Senhor?" "Senhor?" Mas eu não escutava mais nada.
Saí do carro super apertado, porque tinha colocado o carro muito perto da máquina, para tentar catar mais papel de dentro do lixeiro, quando vejo um espaço vago, ao lado do carro de trás. Tipo uma vaga de escape.
Olhei para o o motorista que estava no carro logo atrás do meu, assim tipo pedindo desculpas, e fiz uma mímica do tipo: "moço, dá uma rezinha que eu consigo colocar naquela vaga, saio da sua frente e desobstruo a filo, deixando vocês 20 passarem. Sim, porque essa hora já tinha uns 20 me esperando.
Mas eu acho que eu estava meio desesperado demais, porque o cara tava vidrado, tipo boca aberta, sabe? Não conseguiu falar nada, só olhou para mim e apontou para a frente, em direção a cancela.
Eu virei as costas em direção a saída para olhar o que ele estava apontando e, adivinha...
A cancela estava aberta.
Sei lá, um dos 12 últimos papeizinhos que eu tentei funcionou, mas eu estava tão atucanado que nem me dei conta. A tal da barreira já tava aberta fazia uns 5 minutos.
Pedi desculpas, entrei no carro bem rápido, virei a chave e fui embora.
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