Primeiro uma volta com o Gabriel (9), tudo tranquilo. Depois sobe o Bruno (5).
O Bruno parece um saco de ossos, magrinho, dá para pegar que nem gato, pelo pescoço. Colocaram o capacete, e foi mais ou menos até a cintura. Quem viu, disse que estava muito engraçado.
Assim que saíram de casa e dobraram a esquina, levaram o azar de cruzar com um guarda, que imediatamente interrompeu o passeio e passou um sermão no piloto:
- o sr. não sabe que é proibido levar criança deste tamanho em moto? - sei sim, seu guarda.
- não sabe que a criança pode cair e se machucar? - sim, seu guarda.
A estas alturas o tio Beto teria concordado com qualquer coisa, para escapar sem multa nem apreensão da moto. E ia dizendo "sim, senhor" pra tudo o que o guarda dizia.
- pode cair e quebrar um braço, uma perna, ou até coisa pior - continuou o guarda.
E nessa hora passou um frio pela espinha, lembrando que o Bruno recentemente havia quebrado o braço.
- Então vamos fazer o seguinte: o sr. volta para casa agora, e eu não vou lhe multar. Fica como advertência.
E o tio Beto, mais feliz do mundo, começou a virar a moto de volta. Por ele, empurrava até em casa com o motor desligado, se precisasse. Tudo tinha dado certo.
Mas não pro Bruno.
- Pô, seu guarda, mas eu sou um azarado, mesmo. Nem pude andar de moto, e meu irmão andou um monte, e eu já quebrei este braço duas vezes.
Daí pra explicar pro guarda que o Bruno tinha quebrado o braço brincando em casa, e não caindo de moto, Tio Beto levou bem uns quinze minutos...
Um comentário:
Fico imaginando a cara de indignado dele, de braço quebrado, reclamando pro guarda. Impagável!!
Postar um comentário